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01/11/2018 às 08h25min - Atualizada em 01/11/2018 às 08h25min

Análise: apostas de Felipão fracassam em eliminação do Palmeiras na Libertadores

Técnico opta por trocar dupla de zaga para as semifinais, e defesa erra muito nos dois jogos; Verdão também apresenta pouca variação tática

Por Carlos Augusto Ferrari — São Paulo
Foto: Marcos Ribolli


A eliminação do Palmeiras para o Boca Juniors nas semifinais da Taça Libertadores passa diretamente pelas escolhas feitas pelo técnico Luiz Felipe Scolari.

Dois pontos foram determinantes para o fim do sonho do segundo título sul-americano: os seguidos erros defensivos e a falta de variação na forma de jogar tanto na Bombonera quanto na arena.

 
Ábila comemora o primeiro gol do Boca na arena — Foto: Marcos Ribolli

Ábila comemora o primeiro gol do Boca na arena — Foto: Marcos Ribolli

Ábila comemora o primeiro gol do Boca na arena — Foto: Marcos Ribolli

Felipão optou por mexer nos zagueiros justamente para a partida na Argentina. Antônio Carlos e Edu Dracena, até então escalados na Libertadores, foram para o banco. Luan e Gustavo Gómez, utilizados no Brasileirão, entraram.

Na prática, apenas o paraguaio correspondeu. Luan cometeu erros decisivos (e até infantis) no segundo gol de Benedetto, na Bombonera, e no de Ábila, em São Paulo. Veja abaixo como ele foi facilmente superado pelo centroavante. É bem verdade que Felipe Melo não fechou na primeira trave, Weverton não saiu do gol...

Os erros contrastam com a boa fase que a defesa do Palmeiras passava desde a contratação de Felipão. A equipe chegou a acumular nove partidas seguidas sem ser vazada e tinha no sistema defensivo sua grande arma.

Boca aproveita

A necessidade de ir ao ataque, aliás, abriu ainda mais a defesa no primeiro tempo. Felipão liberou Bruno Henrique para encostar nos atacantes, e isso aumentou o espaço para o Boca jogar nos contra-ataques. Um Boca longe de ser brilhante tecnicamente, mas muito bem posicionado e consciente do que fazer em campo.

No momento em que a torcida do Palmeiras empurrava a equipe logo após fazer o segundo gol, o Boca foi fatal. Felipe Melo também tem sua parcela de culpa ao falhar no combate a Benedetto (de novo ele!) no lance do 2 a 2 que acabou com qualquer esperança do Verdão de conseguir a virada. 

Dá para jogar mais e diferente

O Palmeiras correu muito, brigou por todas as bolas, lutou até quando o jogo já estava decidido. Mas faltou futebol. Os chutões que irritaram a torcida na derrota em Buenos Aires voltaram a aparecer como principal arma para furar a defesa rival.

Desta vez, o alvo foi Deyverson, que conseguiu levar vantagem em boa parte das disputas pelo alto. O time, porém, não teve aproximação necessária de Dudu, Willian e Lucas Lima para aproveitar o rebote. O centroavante brigava com a marcação pelo alto, e o Boca rapidamente ficava com a bola.

Felipão fez o básico no intervalo ao trocar Bruno Henrique por Moisés, jogadores com características semelhantes. Mesmo assim, o time melhorou, colocou mais velocidade no jogo (principalmente com Dudu) e chegou a sonhar com uma virada histórica depois de fazer 2 a 1 – precisava de mais dois gols.

 
Deyverson durante a partida contra o Boca — Foto: Marcos Ribolli

Deyverson durante a partida contra o Boca — Foto: Marcos Ribolli

Deyverson durante a partida contra o Boca — Foto: Marcos Ribolli

 

Agora, o Brasileirão...

 

Com apenas três meses de Palmeiras e depois de seguidas decisões em mata-mata na Libertadores e na Copa do Brasil, Felipão terá mais tempo para corrigir as falhas da equipe, encontrar novas formas de jogar e confirmar o título brasileiro.

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