O Pentágono iniciará neste fim de semana o envio de 475 assessores militares ao Iraque, e dará início à operação de drones e aviões tripulados realizada a partir da cidade curdo-iraquiana de Erbil para combater o grupo jihadista EI (Estado Islâmico).
O porta-voz do Departamento de Defesa, contra-almirante John Kirby, explicou nesta quinta-feira (11) que o novo grupo chega ao Iraque nos próximos dias com o objetivo de iniciar o plano de acabar com o EI, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na quarta-feira.
O trabalho desses militares será dividido em duas missões. Capacitar equipes para os centros de operações em Bagdá e Erbil, e habilitar um segundo centro de vigilância aérea na capital curdo-iraquiana.
Eles se juntarão aos 289 assessores que já estão trabalhando com as tropas iraquianas e os peshmergas curdos nas duas cidades.
Erbil tem sido atacada pelos combatentes jihadistas do EI. Além disso, Kirby explicou que, do total, 125 militares serão enviados para começar a operar voos a partir de Erbil para operações de inteligência, vigilância e voos de reconhecimento.
A base da cidade curdo-iraquiana terá capacidade para lançar voos "tripulados e não tripulados", deixando os militares americanos mais próximos da frente de combate, apesar de Obama ter descartado a participação de tropas terrestres dos EUA no conflito.
Completada a chegada dos novos assessores serão 1.600 militares americanos no país, o maior número desde o fim da Guerra do Iraque (2003-2001), encerrada há quase três anos.
Até agora, os bombardeios sobre posições do EI com caças F-18, iniciadas em agosto, foram realizadas a partir do porta-aviões George. H. W. Bush, no Golfo Pérsico. Essas aeronaves poderiam começar a operar em Erbil.
O porta-voz do Pentágono também disse confiar na aprovação do Congresso ao aporte de US$ 500 milhões no orçamento, solicitado pela Casa Branca para treinar e equipar a oposição moderada síria contra o regime de Bashar al Assad.