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10/05/2019 às 11h51min - Atualizada em 10/05/2019 às 11h51min

Estado dialoga sobre Educação Escolar Indígenas com povos de diferentes etnias acampados em Salvador

Fotos: Suami Dias


A Educação Escolar Indígena foi pauta de um encontro entre o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, técnicos da secretaria e lideranças das diferentes etnias que integram o 3º Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia (ATL-BA), que acontece na área externa da Assembleia Legislativa. Durante uma mesa de diálogo no Plenarinho da ALBA, na quinta-feira (9), e, depois, na visita ao acampamento, foram discutidas ações que fortaleçam a modalidade educacional, conforme estabelece a Política Nacional de Educação Escolar Indígena, que buscar efetivar o direito dos povos indígenas a uma educação de qualidade, valorizando a pluralidade cultural e a identidade étnica. A Bahia tem 22 etnias e a rede estadual de ensino conta com 6.945 alunos mil estudantes indígenas. 

O secretário Jerônimo Rodrigues falou sobre a importância deste diálogo. "Nós somos muito sensíveis às questões dos povos indígenas e, por isso, já vínhamos estudando diversos aspectos antes mesmo das solicitações enviadas para este encontro. Queremos uma relação honesta e estamos determinados a mostrar o que, de concreto, podemos fazer para atender as exigências que nos foram apresentadas, analisar o que é prioridade e avançar gradualmente no trabalho em parceria com eles". 

Jerônimo falou, ainda, sobre as ações que estão em curso focadas na Educação Escolar Indígena na rede estadual, a exemplo da convocação de 147 professores indígenas, aprovados em processo seletivo, já no Diário Oficial do Estado, desta sexta-feira (10). "Estamos regularizando o transporte escolar para que nenhum estudante fique sem ir à escola, o que é uma prioridade para o governo. A nossa equipe já está estudando todo o processo para avançarmos na valorização dos professores e estamos em curso para reformas de manutenção civil e elétrica, e vistoriando e analisando o investimento para a ampliação e construção de novas escolas. É importante ressaltar, como foi falado na reunião, o grande salto que demos desde o governo de Jaques Wagner na Educação Indígena e queremos dar continuidade a este trabalho", disse. 

Kâhu Pataxó, coordenador do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), falou sobre os desdobramentos do encontro a partir da escuta e do diálogo com as lideranças indígenas. "As cobranças que fazemos não são com o objetivo de afrontar, mas de contribuir para que os povos indígenas de todas etnias tenham aquilo que é de direito. Temos a obrigação de voltarmos para as nossas aldeias com boas notícias e acreditamos que a chegada do secretário Jerônimo e do chefe de gabinete, Cezar Lisboa, vai contribuir, imensamente, para avançarmos nas questões indígenas voltadas para a Educação", destacou. 

Acampamento – A terceira edição do Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia se encerra nesta sexta-feira (10) e conta com 600 indígenas, representantes de 22 povos em toda a Bahia.  No total estas comunidades têm uma população de 56.800 indígenas, localizados em 33 municípios.

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