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21/05/2020 às 08h10min - Atualizada em 21/05/2020 às 08h10min

"ENEM foi adiado após mobilização social", afirma o secretário Jerônimo Rodrigues

Foto: CONSED


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da Educação (MEC) decidiram, nesta quarta-feira (20), pelo adiamento da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), nas versões impressa e digital que estavam marcadas para acontecer em novembro. A nova data, que não foi definida, será condicionada a uma enquete com os estudantes inscritos no ENEM 2020, promovida no mês de junho. As inscrições para o exame seguem abertas até esta sexta-feira (22/05).

O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, ressaltou que o adiamento fez parte de uma ampla mobilização da sociedade brasileira, envolvendo todos aqueles que acreditam na Educação como uma ferramenta de transformação social. "O ENEM foi adiado após mobilização social, onde caminhamos juntos nesta discussão com os diversos segmentos da Educação, estudantes, professores, gestores de escola, instituições de ensino, conselhos, união de prefeitos e de secretários municipais, deputados estaduais e federais, além do movimento dos senadores que aprovaram o projeto de lei do adiamento do ENEM por 75 votos a 1. Isso mostra o total equívoco que seria manter as provas nessas datas e, deixa clara, a intransigência do Governo Federal, que demorou tanto para tomar esta decisão, e mostrou que não há limites para o descaso deles com a Educação", afirmou.




Ainda segundo o secretário Jerônimo, determinar a realização de uma enquete para definir a data do ENEM mostra que o Governo Federal ainda não acordou para os problemas atuais e não quer assumir as suas responsabilidades. "Temos que monitorar a situação provocada pela pandemia da COVID-19 para que, a cada momento, possamos dar o passo certo. Novos erros criarão mais impactos negativos, principalmente para os estudantes da rede pública que são formados, em sua grande maioria, por jovens de classes menos favorecidas. Vamos continuar a apoiar as inscrições e também lutar pra que o adiamento seja compatível com a realidade da quarentena provocada pela  COVID-19. Por isso, acredito que esta seja apenas a nossa primeira vitória", destacou.

O secretário da Educação também  exaltou o trabalho do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (CONSED). "Nós, do CONSED, sempre fomos firmes na nossa posição de adiamento das provas do ENEM. Mas também abertos ao diálogo com o INEP e com os diversos segmentos responsáveis pela realização da prova. A nossa visão é que na Educação não existe partido, mas sim a necessidade de darmos condições para uma formação plena dos estudantes, os preparando não apenas para uma profissão, mas para a vida", disse.
 
 
 
 
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