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04/08/2023 às 16h32min - Atualizada em 05/08/2023 às 00h20min

Três a cada dez líderes investem em marketing digital

Segundo pesquisa do Google, 31,8% dos tomadores de decisão investem na área; CEO da RMM Mídias Marketing Digital fala sobre mídia programática e monetização de sites

DINO
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O setor de marketing e vendas se tornou o principal dentre as aquisições de empresas nacionais, segundo um levantamento inédito do Google divulgado pelo portal E-commerce Brasil. O balanço mostra que, em média, três a cada dez (31,8%) tomadores de decisão dos negócios do país optam por investir no segmento. O questionário on-line contou com a participação de 1500 usuários entre 30 de agosto e 7 de setembro de 2022.

Recentemente, a IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) revelou que foram investidos R$ 14,7 bilhões em campanhas de publicidade digital no país apenas no primeiro semestre de 2022. Trata-se de um aumento de 12% em relação ao valor investido na área no primeiro semestre de 2021.

Aliás, a maioria dos profissionais de marketing (66,3%) acredita que o orçamento destinado à modalidade vai aumentar nos próximos quatro anos, segundo uma sondagem recente realizada pela Conversion junto à consultoria Leap/KPMG. Ainda de acordo com a pesquisa, quase metade (43,6%) dos participantes estão otimistas em relação aos próximos quatro anos da economia brasileira como um todo.

Rafael Mansberger, fundador e CEO da RMM Mídias Marketing Digital, destaca que as pessoas estão cada vez mais conectadas, e essa é uma das principais tendências no Brasil e no mundo. Para ele, os investimentos em marketing digital são cada vez maiores dado a facilidade de segmentação de públicos e assertividade dos resultados.

“Hoje, uma pizzaria pode impactar seus consumidores com facilidade no próprio bairro e alavancar suas vendas a patamares nunca imaginados”, exemplifica. “A publicidade está muito mais democrática com a utilização do marketing digital, e é exatamente essa facilidade que impulsiona milhares de novos anunciantes todos os dias”, considera.

Mansberger chama a atenção para o fato de que hoje, qualquer usuário com acesso à internet e a plataformas de streaming, como o YouTube, pode buscar conteúdos a fim de aprender a desenvolver campanhas de forma gratuita. “Além disso, também é possível acessar ferramentas de publicidade on-line sem dificuldade, também pela web. E esse é só o começo”, afirma.

Mídia programática é alternativa para influenciadores

Na visão do CEO da RMM Mídias Marketing Digital, a mídia programática ainda precisa de uma “popularização” maior. “Imagine um influenciador digital que tem milhares  - ou milhões - de seguidores acessando o seu conteúdo todos os dias. Se esse influencer desenvolver um site com conteúdo exclusivo, e divulgar em seu próprio ecossistema social, uma ampla parcela de usuários tende a passar por esse site”, exemplifica.

Segundo Mansberger, o site em questão, por sua vez, pode passar a receber anunciantes de mídia programática que, a seu tempo, estariam dispostos a pagar para exibir suas publicidades no site do influenciador.

“Através da mídia programática, o digital influencer pode cobrar preços diferentes por cada espaço disponibilizado e, a receita que ele ainda não tem, pode vir a se tornar a sua receita principal”, afirma. “Quanto mais visitantes, mais relevante ficam os espaços publicitários e mais o influencer pode cobrar por aquele espaço”, complementa.  

Monetização de sites pode ajudar as empresas a vender mais

Mansberger explica que qualquer empresa pode monetizar conteúdo, desde que produza com frequência e tenha um público disposto a consumir o que é produzido. “Um escritório de advocacia pode ter um site de conteúdos para estudantes de direito, ou para profissionais que estão tentando passar no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasi)”, menciona. “Neste caso, poderia ser um site de auxílio, que disponibiliza aulas, matérias e atualizações, entre outros”.

O CEO da RMM Mídias Marketing Digital destaca que, depois de montado e “recheado” de conteúdo, o site do escritório pode divulgar em suas redes e utilizar a compra de tráfego pago específica para atrair visitantes qualificados para o conteúdo do site. “Assim, é possível ter novos visitantes a cada dia que, por sua vez, podem retornar com frequência. Assim, toda essa estrutura seria monetizada através de mídia programática”.

Para concluir, Mansberger ressalta que o marketing digital e a mídia programática estão cada dia mais acessíveis para as empresas e empreendedores do país. “Acredito que todas as empresas podem se beneficiar da monetização de estruturas on-line sem mexer na principal atividade do negócio, o que é positivo para o empreendimento e para a economia como um todo”, finaliza.  

A propósito, 90% de todas as empresas do mundo investem em marketing digital, e a maior parte delas é do Brasil, segundo a Pesquisa Marketing Visão 360º, conduzida pelo Mundo do Marketing em parceria com a TNS Research International. De acordo com o estudo, mais da metade (54%) dos negócios que entendem que a modalidade é indispensável são de pequeno porte, com até 99 funcionários.

No Brasil, a aderência à modalidade cresceu ao longo da crise sanitária. Segundo o Digital AdSpend 2021, do IAB Brasil, o aporte no virtual chegou a R$ 30 bilhões no país, um aumento de 27% em comparação a 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19.

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