Disputa pelo nome “iPhone”: Apple e Gradiente aguardam decisão final do STF após 12 anos de embate jurídico
DAVID FLORIM
29/05/2025 03h39 - Atualizado há 1 dia
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A batalha judicial entre a multinacional americana Apple e a empresa brasileira Gradiente pela marca “iPhone” já dura mais de 12 anos e espera-se um desfecho via Supremo Tribunal Federal (STF). O processo envolve o direito de uso exclusivo do nome no Brasil, e já passou por dois tribunais antes de chegar à Suprema Corte. A Gradiente, empresa do setor de eletrônicos, registrou a marca “G Gradiente iPhone” junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2000, sete anos antes do lançamento do primeiro iPhone pela Apple. O INPI concedeu o registro em 2008, mas a Apple contestou judicialmente, iniciando uma disputa que se arrasta até hoje. A controvérsia gira em torno de qual empresa tem, de fato, o direito de explorar comercialmente o nome “iPhone” no Brasil. Embora a Apple seja mundialmente reconhecida pelo smartphone que revolucionou o mercado, a Gradiente alega que tem direito ao nome no país por ter solicitado o registro muito antes. Segundo o advogado Diego Nomiyama, advogado no escritório Dosso Toledo Advogados, “o caso é emblemático porque coloca em confronto o princípio da anterioridade no registro de marca com o poder econômico e simbólico de uma gigante global como a Apple.” Nomiyama explica que “a legislação brasileira é clara ao estabelecer que o direito à marca pertence a quem primeiro a registra no INPI, desde que atenda aos requisitos legais. No entanto, quando a marca ganha notoriedade internacional e adquire características distintivas, surgem conflitos que acabam sendo levados ao Judiciário para que este tome uma decisão.” De acordo com o advogado, é uma demonstração de como questões envolvendo propriedade intelectual e grandes players internacionais exigem uma análise minuciosa e podem se estender por anos. - “O julgamento no STF será decisivo não só para as partes envolvidas, mas também para definir precedentes relevantes sobre o direito marcário no Brasil.” Atualmente, ambas as empresas aguardam o julgamento definitivo no STF, que poderá dar a palavra final sobre quem tem o direito de usar o nome “iPhone” no mercado nacional. Enquanto isso, o impasse segue sendo acompanhado de perto por juristas, empresários e consumidores. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
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