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Brasil registra aumento de 15% nos atendimentos de doenças oculares

Maior exposição às telas e envelhecimento da população elevam os casos; especialista do Hospital Japonês Santa Cruz alerta para a prevenção

VIVIANE BUCCI
03/07/2025 17h31 - Atualizado há 6 horas
Brasil registra aumento de 15% nos atendimentos de doenças oculares
Freepik
Celebrado em 10 de julho, o Dia da Saúde Ocular reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças que comprometem a visão. O alerta é fundamental, especialmente diante do crescente número de atendimentos oftalmológicos registrados no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, os atendimentos relacionados a doenças oculares cresceram 15% entre 2023 e 2024, passando de 10,9 milhões para 12,6 milhões de registros no SUS, considerando os atendimentos ambulatoriais e hospitalares. Já nos três primeiros meses de 2025, o país contabiliza mais de 3,3 milhões de atendimentos, o que representa mais de 26% do total registrado em todo o ano de 2024, um sinal de que os casos continuam em alta e de que o volume pode ultrapassar os números do ano anterior até o fim de 2025.
“O cuidado com a saúde dos olhos precisa ser constante e começa muito antes de qualquer sintoma aparecer”, afirma a Dra. Tatiana Tanaka, chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC). “Muitas doenças oculares são silenciosas e só são percebidas em estágios mais avançados, quando os danos à visão podem ser irreversíveis”, explica.

Entre as doenças mais comuns que afetam os brasileiros estão a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo, a catarata, o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade. Com o envelhecimento da população, aumentam os casos de doenças crônicas, que podem causar perda visual permanente se não forem acompanhadas adequadamente.
Apesar disso, muitas pessoas só procuram o oftalmologista quando têm dificuldade para enxergar. Dra. Tatiana alerta que o ideal é realizar exames de vista anualmente, mesmo sem apresentar sintomas. “No caso de crianças, idosos e pacientes com doenças como diabetes e hipertensão, essa frequência pode ser ainda maior”, recomenda.
Sinais de alerta


Alguns sintomas devem levar a uma consulta oftalmológica com urgência, como visão turva ou embaçada repentina; dores nos olhos; vermelhidão persistente; flashes de luz; manchas ou pontos escuros na visão; perda súbita da visão e traumas oculares.
“Esses sinais podem indicar desde infecções até condições mais graves, como descolamento de retina ou crises agudas de glaucoma”, afirma a médica.

Telas e o impacto na visão das crianças

O uso excessivo de celulares, tablets e computadores tem afetado diretamente a saúde ocular, especialmente entre crianças e adolescentes. O tempo prolongado em frente às telas está relacionado ao aumento da fadiga ocular, ressecamento dos olhos, dores de cabeça e piora da miopia. “Além disso, o uso precoce e excessivo das telas tem reduzido o tempo de exposição à luz natural, fator que protege contra o avanço da miopia infantil”, explica.
Doenças sistêmicas e saúde ocular

Doenças como diabetes e hipertensão arterial afetam diretamente os olhos. “Pacientes diabéticos, por exemplo, podem desenvolver retinopatia diabética, que compromete os vasos da retina. Já a hipertensão pode causar alterações vasculares que impactam a visão”, explica. O acompanhamento oftalmológico permite detectar essas alterações precocemente, ajudando no controle das doenças de base e na preservação da visão.

Além da prevenção, é importante adotar hábitos como:

- Usar óculos de sol com proteção UV;
- Evitar coçar os olhos;
- Lavar as mãos com frequência;
- Dormir bem e manter a hidratação;
- Fazer pausas regulares durante o uso de telas;
- Ter uma alimentação rica em nutrientes como vitamina A, ômega-3 e antioxidantes.

A especialista também faz um alerta sobre o uso indiscriminado de colírios. “Muitos colírios têm corticoides ou vasoconstritores, que podem causar sérios efeitos adversos se usados sem orientação médica. O ideal é nunca se automedicar”, reforça a oftalmologista.

Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz

Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população.
Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui 165 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura dois pronto-atendimentos (geral e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O Hospital Japonês Santa Cruz tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.
 

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VIVIANE SOARES BUCCI
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