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Sustentabilidade energética: o futuro da energia exige mais do que sol

Capital Informação
11/08/2025 10h37 - Atualizado há 18 horas
Sustentabilidade energética: o futuro da energia exige mais do que sol
TS Shara

*Por Pedro Al Shara

Estamos entrando em uma era em que a arquitetura urbana começa a se moldar à lógica da sustentabilidade energética. Cada vez mais, vemos prédios, residências e condomínios que geram a própria eletricidade a partir de elementos estruturais como telhados, paredes e, mais recentemente, janelas solares. A integração de painéis fotovoltaicos a fachadas de edifícios, conhecida como BIPV (Building-Integrated Photovoltaics), antes restrita a projetos de alto padrão, agora ganha escala e acessibilidade. Em 2025, o Brasil ultrapassou a marca de 55 gigawatts de capacidade instalada em energia solar, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com 37 GW provenientes exclusivamente de geração distribuída, ou seja, sistemas instalados diretamente em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais. Isso representa mais de cinco milhões de unidades consumidoras gerando sua própria energia, transformando o país em um dos maiores mercados solares do mundo.

A evolução, no entanto, não se limita à geração de energia limpa. Ela inaugura um novo paradigma de autonomia e inteligência energética, em que os consumidores passam a ser também produtores. Mas esse avanço traz consigo uma demanda crítica que nem sempre é considerada com a devida atenção: a estabilidade e a continuidade do fornecimento elétrico. Afinal, de que adianta um sistema moderno de geração solar se ele está vulnerável a oscilações da rede, microinterrupções ou até mesmo falhas no armazenamento? Nesse contexto, soluções complementares como os nobreaks ganham um papel estratégico, ainda que muitas vezes invisível.

Um dos desafios mais recorrentes na geração distribuída é a intermitência. Por mais eficientes que sejam os sistemas solares, eles dependem de fatores ambientais. Em dias nublados, períodos de baixa insolação ou à noite, a geração naturalmente se reduz ou cessa. Quando a rede pública falha simultaneamente, sem sistemas de backup ou estabilização, corre-se o risco de perda de dados, interrupções em equipamentos sensíveis ou paralisação total de operações. É por isso que os nobreaks, dispositivos aplicados tradicionalmente em residências ou ambientes corporativos, agora se mostram relevantes também em condomínios autogeradores.

De acordo com dados da ANEEL, em 2024, o Brasil registrou uma média de 10,24 horas de interrupções no fornecimento de energia elétrica por unidade consumidora. Em locais com infraestrutura crítica, como condomínios com portarias remotas, sistemas de vigilância eletrônica ou controle automatizado de acesso, esse tempo pode comprometer a segurança e a operação. Ao mesmo tempo, a Agência Brasil (2025)

aponta que a energia solar já representa a segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, correspondendo a 22% do total. Ou seja, estamos nos apoiando cada vez mais em uma fonte intermitente, e isso exige resiliência e planejamento.

Nesse cenário, o papel do nobreak não se restringe a manter os aparelhos ligados durante uma queda. Os modelos mais avançados fazem muito mais: estabilizam a tensão, filtram distúrbios elétricos, armazenam energia temporária e até se conectam a plataformas de monitoramento remoto, integrando-se ao ecossistema de gestão energética inteligente. Quando inseridos estrategicamente em sistemas solares residenciais e prediais, esses equipamentos ajudam a proteger tanto os dispositivos quanto os próprios inversores, que são o cérebro da operação fotovoltaica.

Segundo o relatório da SolarPower Europe desse ano, o Brasil deve adicionar mais 19 gigawatts de capacidade solar ao longo deste ano. Esse crescimento acelerado demanda não só incentivos à geração, mas também a disseminação de boas práticas na proteção e estabilidade dos sistemas. É preciso compreender que gerar energia é apenas parte da equação. O verdadeiro diferencial está em garantir que essa energia esteja disponível com qualidade, mesmo diante de imprevistos.

As janelas solares, literalmente, estão abrindo uma nova perspectiva sobre como podemos tornar nossas construções mais inteligentes, sustentáveis e autônomas. Mas, como toda inovação, elas exigem uma base sólida de suporte. A integração entre geração solar e infraestrutura de proteção elétrica é o que permitirá que esse avanço seja duradouro, seguro e eficiente. É nesse ponto que a inteligência energética se revela: não apenas na produção, mas na capacidade de manter tudo funcionando — mesmo quando a luz, o clima ou a rede pública não colaboram.

A cidade do futuro está se desenhando agora, nas escolhas que fazemos ao projetar nossos edifícios e sistemas. Quando pensamos em energia, precisamos pensar em continuidade. E nesse pensamento, os nobreaks deixam de ser um acessório para se tornarem um verdadeiro pilar da sustentabilidade urbana.

*Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, fabricante nacional de soluções de proteção de energia

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