O Governo de São Paulo completa 100 dias na gestão da Educação com um pacote de medidas para reduzir a evasão escolar, ampliar a rede de proteção dentro das escolas e promover a valorização dos professores. Uma das principais iniciativas é o Programa Sala do Futuro, que reúne medidas tecnológicas com o objetivo de melhorar dois indicadores educacionais importantes: a frequência e o desempenho dos estudantes.
Nesse sentido, uma das novidades é o aplicativo Diário de Classe. A plataforma permite o controle da frequência escolar dos estudantes por professores, diretores e dirigentes. Além disso, também possibilita o comparativo entre uma semana e outra, além do registro de aulas previstas e aulas registradas. A expectativa é que haja uma redução da evasão escolar de até 25%, o que representa cerca de 100 mil alunos a mais nas escolas diariamente.
Outra inovação é a Prova Paulista, que começou a ser aplicada no final de março. A avaliação passou a ser totalmente digital para todos os estudantes do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio — mais de 2 milhões de alunos já fizeram o exame. Realizada por meio do aplicativo e da versão web do Centro de Mídias de São Paulo, a prova ocorre bimestralmente.
O uso da nova tecnologia facilita as intervenções pedagógicas em todos os níveis da rede, uma vez que agora permite que as notas sejam disponibilizadas em 24 horas, também por meio de um painel.
“Os professores poderão visualizar mais rapidamente os pontos de maior dificuldade dos alunos, identificando aqueles que necessitam de maior atenção na recomposição da aprendizagem, bem como aperfeiçoando o ambiente em sala de aula para incentivar o aprendizado”, explica o secretário estadual de Educação, Renato Feder.
Valorização de professores e alunos
Antes do início do ano letivo, o Estado garantiu a entrega dos kits escolares e livros didáticos para todos os 3,3 milhões de estudantes da rede estadual. O investimento foi de mais de R$ 217,7 milhões.
Além do foco na parte pedagógica e na melhoria do ensino, o Estado de SP valorizou os docentes. O Decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas, equiparou o salário dos professores ao piso nacional da categoria. A medida ajusta os salários dos professores que recebem menos de R$ 4.420,55 pela jornada de 40 horas semanais — um aumento de 15% que beneficiou 109.532 mil professores ativos, além dos inativos. O pagamento já foi efetuado na última semana de março, retroativo a janeiro.
A qualificação dos profissionais da educação nas áreas de liderança e gestão escolar no campo pedagógico também foi contemplada. Foi lançado o Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL), com curso de 30 horas de conteúdos e atividades com temas como a gestão de pessoas, integração e condução pedagógica do ambiente escolar, processos de liderança, aprendizagem ativa, frequência escolar e o sistema de avaliação da Educação.
A formação, que iniciou em fevereiro, foi a primeira fase do processo seletivo para Dirigentes de Ensino. Na segunda fase, estes profissionais passam por dinâmicas de grupo e entrevistas individuais.
Infraestrutura
O ambiente escolar também recebeu atenção do Governo de São Paulo e houve uma série de melhorias nas instalações. Ao todo, foram concluídas 243 obras de reforma, adaptações e modernizações nas escolas estaduais.
Por meio do Programa Creche Escola, o Governo de SP inaugurou seis novas unidades, gerando 780 novas vagas nas cidades de Herculândia, Guareí, Palmital, Dracena, Américo Brasiliense e Catanduva. Na ação, foram investidos R$ 9,6 milhões e a previsão é que o programa seja estendido para outras localidades do Estado.
A logística de transporte dos alunos também foi reforçada com a entrega de 79 ônibus escolares para 66 municípios paulistas, ao custo de R$ 21 milhões. Seis deles atenderam as vítimas das fortes chuvas que atingiram o Litoral Norte.
Mais acolhimento e combate à violência
Nesta semana, o Estado também anunciou R$ 240 milhões para um reforço em ações de segurança e acolhimento nas escolas. Uma das iniciativas é o programa Psicólogos na Educação, que conta com 550 psicólogos e atendimento presencial. Cada psicólogo atuará em até dez escolas por semana, totalizando pelo menos 600 mil horas de atendimento nas unidades de ensino estaduais.
Além disso, o Estado contratará mil seguranças privados desarmados para atuarem como vigilantes nas escolas, criando vínculos com alunos e professores e identificando situações que possam interferir na segurança do ambiente escolar. Os profissionais serão capacitados e alocados conforme definição da Secretaria de Educação junto à equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP).
Dentro do Conviva, 5 mil professores, um por escola, terão jornada de 10 horas semanais exclusivas para disseminar ações do programa em suas escolas. Este período de trabalho representa R$ 120 milhões em investimento. Além disso, o novo aplicativo da Placon integrará informações da Educação, Segurança Pública, Justiça e Saúde sobre os alunos.
Além disso, será lançado um botão de acionamento prioritário para dar prioridade a ocorrências que envolvam a comunidade escolar dentro do aplicativo 190 SP. Também está em fase de homologação um novo app, o Segurança Escolar. O patrulhamento no entorno dos centros de ensino também será reforçado com o aumento de vagas para a Diária Especial por Jornada de Trabalho Policial Militar e a contratação de PMs aposentados para reforçar o programa Ronda Escolar.
Outra ação é a criação do programa Segurança nas Escolas, que colocará um policial em cada escola de forma permanente. O Estado recontratará agentes de segurança aposentados para assumirem a função de gestores do programa. A Secretaria de Segurança Pública já elaborou o plano e um projeto de lei será apresentado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
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