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O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi condenado a pagar R$ 50 mil em danos morais a comunidades quilombolas e à população negra. A decisão, publicada nesta última segunda-feira (2/10) é da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro, conforme sentença da juíza Frana Elizabeth Mendes.
A ação foi movida por procuradores da República no Rio de Janeiro, Ana Padilha e Renato Machado, após palestra ministrada pelo deputado no Clube Hebraica, na capital fluminense. Na ocasião, o mesmo chegou a dizer que frases como “o afro descendente mais leve lá pesava 7 arrobas” e “Não fazem nada, eu acho que nem para procriar servem mais”.
Na sentença, os procuradores alegaram que as afirmações proferidas pelo deputado desumanizavam pessoas negras, retirando-lhes a honra e a dignidade ao associá-las à condição de animais. A ação ainda destaca que Bolsonaro “usou informações distorcidas, expressões injuriosas, preconceituosas e discriminatórias com o claro propósito de ofender, ridicularizar, maltratar e desumanizar as comunidades quilombolas e a população negra”.
Frana Elizabeth Mendes, juíza que determinou a sentença, ressaltou total inadequação da postura e conduta do réu. Dessa forma, o valor da multa deve ser repassado ao Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos. Por meio de sua conta no twitter, a assessoria do deputado se pronunciou com a seguinte frase: “Não me diga!? Contra todo o politicamente correto que só é usado quando interessa aos “amigos” que estamos aqui e seguiremos avançando!”.
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