O Rosh Hashaná é um dos feriados mais significativos para os judeus. E, ao contrário das festividades convencionais de final de ano, segundo o rabino Rabino Sany Sonnenreich, mais conhecido como Rav Sany, a época é para a meditação, reflexão e balanço dos acontecimentos no período. "É o momento de repensar as ações e ter a esperança de um novo ciclo com renovação e boas vibrações", comenta.
A celebração do Ano Novo judaico tem duração de 10 dias. Nos dois primeiros, que esse ano são em 6 e 7 de setembro (com início das comemorações na noite de 5 de setembro), comemora-se a chegada do ano de 5782, momento de ir à sinagoga, renovar a aliança e o comprometimento com Deus de viver com correção no ano que se inicia.
As comemorações são feitas em família, com refeições especiais, normalmente acompanhas de maçã e mel. "Muitos são os doces servidos, para que assim, também, seja o ano que está chegando. Pão de mel, bolo de mel e maçã com mel são tradicionais. Para o prato principal, o peixe é o escolhido, e vem acompanhado de saladas e receitas típicas judaicas", explica Rav Sany.
O rabino ainda conta que a mesa preparada para a festa está cheia de simbologias e vale a pena ser vista. " As velas são para iluminar a chegada do ano novo, um cálice de prata, frutas, pães redondos que representam o ciclo da vida, entre outros. Ao final do período de Rosh Hashaná, 10 dias depois, acontece o Yom Kipur, o Dia do Perdão, que é um dia de jejum, penitência e perdão. É quando Deus sela o destino de cada pessoa para o ano que se inicia", finaliza o rabino.