A cantora, compositora e instrumentista Lívia Mattos se destaca pelos conceitos rítmicos autênticos performados com o acordeon, a originalidade nas composições e a combinação de instrumentações instigantes, que garantem versatilidade e interação no álbum e no palco.
Tomando o acordeon como máquina de respiro, Lívia Mattos apresenta o seu segundo álbum, "APNEIA". O disco conta com 13 músicas compostas pela cantora, sendo três pequenas vinhetas relacionadas às composições e a temática da falta de ar, em um sentido amplo.
Repleto de participações especiais, o álbum conta com Ná Ozzetti, Armandinho Macedo, Carlos Malta, Ceumar, Marcos Suzano e Alessandra Leão - além das colaborações internacionais de Mu Mbana, da Guiné Bissau; de Irene Atienza, Espanha; e de Yasmine El Baramawy, Egito. De forma ousada, o novo trabalho se coloca no mundo, embaralhando a cabeça de quem tenta categorizá-lo, abrindo espaços de respiros à sanfona brasileira, quanto dispositivo criativo para canções e para a música instrumental.
“APNEIA” inaugura o registro da produção instrumental autoral da artista, mesclado com novas canções, potencializando a interface entre a instrumentista e a compositora. Além disso, o novo trabalho apresenta a conexão entre diferentes territórios, como a influência árabe com a musicalidade do nordeste brasileiro e as sonoridades afro-baianas. O resultado sonoro dissolve fronteiras e aponta para uma leitura própria do mundo, que já reflete a assinatura de Lívia.
O repertório do disco é todo autoral, trazendo parcerias como "O amor, meu bem", composição feita com Ceumar e Alessandra Leão; “Fag'a", primeira parceria com a musicista egípcia Yasmine El Baramawy - que toca alaúde na faixa; "Átimo de respiro”, uma improvisação livre, realizada remotamente com Carlos Malta, Aline Gonçalves e a colombiana Johanna Amaya; e "Falta de ar”, uma vinheta em parceria com a paraibana Odete de Pilar, mestra em ciranda e coco de roda.
Ao falar sobre o disco, Lívia diz: “Dentro do desconforto desses tempos, a busca é inventar novas formas de pensar e existir, pondo em movimento tudo que aperta e sufoca. Esse intento é refletido na sua música, nos dispositivos criativos que geram composições, arranjos e instrumentações originais - com solidez, força e leveza - que apresentam a sanfona em uma proposta instigante e autoral. É uma tomada de ar.”
A produção musical é do mineiro Paulim Sartori, com quem Lívia também assina alguns dos arranjos. O álbum também conta com arranjos de Joana Queiroz (RJ), Rafael Martini (MG) e Rodrigo Caçapa(PE) e contribuições eletrônicas de Chico Corrêa (PB/BA) e Pedro Durães (MG).
O disco está disponível em todas as plataformas digitais.