30/12/2022 às 09h34min - Atualizada em 31/12/2022 às 00h00min
Dermatite atópica: dermatologista explica o que é e como tratar doença
Mesmo sendo recorrente, a doença de pele permanece desconhecida pela população em geral.
SALA DA NOTÍCIA Erre Soares
A dermatite atópica (DA) é a doença crônica mais comum da pele, que acomete cerca de 20% das crianças e 5% dos adultos e faz parte das doenças atópicas, que incluem a asma e a rinite alérgica. Mesmo sendo recorrente, a doença de pele permanece desconhecida pela população em geral.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia a DA é uma doença genética, crônica e que acomete, principalmente, as grandes dobras do corpo, como braços, joelhos e pescoço. Algumas de suas principais características são coceira e pele seca.
É uma doença que é bastante comum em crianças e aproximadamente 70% destas crianças que apresentaram a doença na infância evoluíram com remissão na adolescência, embora alguns casos recidiva na vida adulta.
A dermatologista Clessya Rocha informou que a doença pode surgir ou ser desencadeada por substâncias que provocam reações alérgicas, como as presentes nos pelos de animais de estimação; condições ambientais como roupas que provocam coceira; ou emoções, como o estresse.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, os sintomas variam de acordo com a fase da doença, podendo ocorrer em três estágios: fase infantil (3 meses a 2 anos de idade), fase pré-puberal (2 a 12 anos de idade) e fase adulta (a partir de 12 anos de idade).
Conforme a Dra. Clessya, “existem várias formas de tratar a doença. Temos medicamentos que ajudam no controle, como pomadas ou cremes muito eficazes no controle da dermatite atópica, hidratantes especiais para melhorar a barreira cutânea, além do uso de probióticos, que são bactérias vivas benéficas que ajudarão a modular o sistema imune intestinal”, explicou.
Segundo a médica, nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de medicações orais. Os ferimentos provocados por coçar a pele juntamente com a modificação da barreira cutânea e da flora da pele poderão juntos levar a infecções secundárias bacterianas ou virais, devendo ser tratados pelo médico dermatologista, finalizou.