As arboviroses são doenças transmitidas principalmente por mosquitos e causadas por alguns tipos de vírus. No Brasil, as com maior prevalência são a dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Enquanto as três primeiras têm como vetor o famoso mosquito Aedes aegypti, a última ocorre principalmente em áreas rurais, transmitida, geralmente, pelo mosquito Haemagogus leucocealenus. No verão, a proliferação desses insetos aumenta o risco de contaminação, especialmente em regiões endêmicas. Em 2022, até meados de outubro, foram 1,3 milhão de casos de dengue no Brasil, um aumento de 184,6% no número de casos prováveis da doença em comparação com o mesmo período de 2021.
O verão também traz mais riscos para o desenvolvimento do melanoma, um dos tipos de câncer de pele mais comuns em todo o mundo. A exposição ao sol sem os devidos cuidados, como uso de protetor solar com fator de proteção adequado ou roupas com revestimento contra os raios ultravioletas, aumenta a chance de evolução da doença. Segundo o Inca, cerca de nove mil brasileiros desenvolveram o melanoma em 2022.
“A incidência deste tipo de tumor vem aumentando. Por isso, a prevenção é essencial. Por exemplo, lembrar que o protetor precisa ser reaplicado ao longo do dia, pois a sua eficácia vai diminuindo após algum tempo é fundamental. Ainda que existam recursos para o tratamento hoje em dia, como a dermatoscopia digital, que faz o mapeamento milimétrico das lesões existentes na pele e alerta o dermatologista para agir quando necessário, o melhor é prevenir sempre”, explica Tiago Kenji, oncologista e diretor-técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula, que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.
Em medidas diferentes, o melanoma e as arboviroses impactam na vida social, familiar e laboral dos indivíduos. Felizmente, elas têm em comum serem doenças preveníveis. Neste contexto, as empresas podem colaborar para reforçar atitudes mais saudáveis de seus colaboradores, especialmente porque grande parte das pessoas têm dificuldades para adotar hábitos saudáveis. Uma pesquisa realizada pela Dasa Empresas e o Instituto Ipsos identificou que 66% dos entrevistados concordam que deveriam cuidar mais da saúde, mas não conseguem. No que diz respeito à prevenção de doenças, 58% das pessoas afirmam que só vão ao médico quando identificam um problema. Além disso, menos da metade dos entrevistados (47%) faz exames preventivos uma vez ao ano, sendo que 28% argumentam que têm receio dessa prática por medo do que podem descobrir.
“A oferta de canais ativos e eficientes de comunicação com os colaboradores é uma das formas que as empresas podem utilizar para levar mais informações aos seus funcionários, inclusive no período de recesso, o que contribuirá para adoção de hábitos saudáveis”, afirma Dr. Alexandre Toscano, diretor-médico da Dasa Empresas, gestora de benefícios e soluções de saúde corporativa da Dasa.
“O mapeamento do perfil do usuário, que tem como intuito identificar os principais problemas de saúde que existem ou que podem surgir em determinados grupos de pessoas, além da realização de campanhas, programas e ações que auxiliem à adoção de atividades físicas regulares, alimentação balanceada, menor consumo de bebidas alcoólicas e abdicação do tabagismo, colaboram para redução do absenteísmo e do turnover, bem como são aliadas das companhias no combate e diminuição de diversas enfermidades, como as com maior incidência no verão”, completa o médico.