Processo de organização financeira é fundamental para a saúde das empresas para evitar problemas como precificação inadequada, desperdícios de matéria-prima, margens baixas e geração de caixa insatisfatória ocorram, segundo consultor financeiro da Planope
Atualmente, com as novas tecnologias e momentos de oscilações na economia, fica cada vez mais nítida a necessidade de as empresas estarem atentas às mudanças e preparadas para saber onde investir e reduzir custos para melhorar seus resultados. É através de um bom entendimento administrativo, do conhecimento na área financeira e nos conceitos básicos relacionados ao controle de custos que a empresa poderá obter bons resultados financeiros.
“Todo empreendedor inicia seu negócio pelo produto, naquilo que sabe e gosta de fazer. Na vocação. Foi lá, fez e vendeu! Porém, é importante começar pensando no custo. A gestão de custos é para qualquer porte de empresa em todos os mercados, exceto monopólios ou oligopólios cuja capacidade de determinação de preços praticamente os desobriga desta preocupação. Contudo, ainda que pequena, a partir de certo volume de produção e com a estrutura da empresa se tornando maior e mais complexa a cada dia, a gestão de custos se torna vital”, explica o consultor financeiro da Planope Consultoria, Daverson Furlan.
A Planope, que conta com uma experiência de muitos anos em campo, implantando ferramentas de apuração e gestão de custos nos mais variados segmentos, afirma que as empresas perdem muito dinheiro por não aplicarem boas práticas de gestão de custos.
“Cálculos excessivamente simplistas desprezam o impacto que o assunto tem num lugar muito sensível: o caixa. Não precificar corretamente, com base em custos bem conhecidos e detalhados, impede a recuperação de gastos diretos e indiretos, culminando em baixa lucratividade e até incapacidade financeira para honrar compromissos”, diz Furlan.
Muito mais que a máxima – de gosto um tanto duvidoso! –, que diz "custos são como cabelos e unhas: tem de cortar sempre", a gestão de custos tem importância estratégica, dado que impacta diretamente a eficiência, competitividade e sustentabilidade financeira de médio e longo prazo do empreendimento.
A verdade é que todo cuidado é pouco para que os custos e despesas não cresçam desordenadamente. Segundo Furlan, toda organização precisa conhecer bem seus custos, sua vinculação com a agregação de valor, margem de contribuição e assim por diante. Sem isso, cortes podem se tornar um belo tiro no pé”, completa.
Conheça as principais razões para se investir na gestão de custos:
Eficiência:
A gestão de custos se preocupa em determinar qual a real parcela de custos e com isso pode detectar ineficiência, desperdícios, erros e falhas, fazendo com que os custos e, portanto, os preços se mantenham onde devem estar: gerando lucros.
Precisão na alocação dos gastos indiretos:
Se a empresa tem dois ou mais produtos ou serviços distintos entre si, a alocação dos custos indiretos e despesas tem tudo para se tornar um problema. Muitos gestores desconhecem a realidade do consumo de esforços (gastos) que cada produto demanda e alocam gastos indiretos por critérios que distorcem o custo final de cada produto. Resultado: produtos aparentemente lucrativos podem ser, na verdade, a maior fonte de perdas da empresa.
Precificação:
Como precificar o produto desconhecendo seus custos? Quanto dar de descontos ao atender pedidos de maior volume se não se conhece a margem de contribuição por produto ou o comportamento da relação custo-volume-lucro de cada produto? Estou tratando os impostos de forma adequada para cada material utilizado, cada produto final, cada destino (estado ou tipo de cliente)?
Concorrência:
Gestão de custos eficaz permite praticar preços menores que a concorrência sem abrir mão do lucro e, assim manter a capacidade de crescimento do negócio.